Blog HH AL - quem é, e quando formou-se LPC?
R: La Poli & Cia é uma banda que surgiu em meados de 1998, com seus princípios na Cultura Hip-Hop. Sua formação surge inicialmente por adeptos e praticantes de esporte (Skate), Alex “RAsPutin” e Will “Black” e Bruno “invasor”, que decidiram se organizar pra divulgar a realidade existente, ou seja, divulgar a cultura popular do Estado (Alagoas). Não durou muito tempo devido a problemas pessoais e ideológicos. A banda pára para se organizar e retorna Bruno “invasor” ao lado de Alesson Mr. “Som”, que com sua entrada passa-se a chamar de La Poli&Cia e ”A Firma” que depois de algumas apresentações com a banda decidiram sair do projeto e formar “Os Compar$as”. Com a saída de Bruno “invasor”, La Poli&Cia dá uma parada novamente para se organizar, entra então Jane “Mag”, que com influências do reggae contribui significantemente para o projeto. Outros que passaram na banda e que deixaram suas influências foram Diego “Didiê”, Léo “Bonds”, Felipe Oliveira, Biscoito, breve passagem também de Mariana e Elaine, ou seja, muita gente fez/faz parte dessa família, mas cada um seguiu caminhos diferentes.
Atualmente La Poli & Cia é composta por oito integrantes: Alex “RAsPutin”, Wil “Black”, os primos Alex “Imbruglia”, Thales “Imbruglia”, Glauber “PACO”, Bola (baterista que tocou conosco no Femufal), Larissa “Lara” e Alessandro “Alê”, e Hudson ”Dreadlocks”.
Blog HH AL - é notavel que o lpc não se utiliza só do rap como influência, outros estilos tbm passeiam no som da banda, gostariamos de saber se o Rap dentro dos outros estilos é a prioridade no som de vcs?
R: O Rap sempre foi a principal influência na banda, que foi de onde surgiu a proposta, escutávamos Rap antes das “Sessions” de Skate na casa do Rafael “Mugango” e na casa Neto “Tremedeira”, tipo, “BDO” e “NTO” do “Nocivos”, “Da Guedes”, “ Wu Tang Clã, “Beastie Boys”, “Africa Banbata”, “ De Menos Crime”, dentre outros.
Blog HH AL - Qnd nasceu a ideia de fazer um rap com banda?
R: De início o projeto surge como proposta de dois M´cs (“RAsPutin” e “ Invasor”) e um DJ ( Will “Black”). Como era muito caro e difícil conseguir vinis com bases e não tínhamos computador para produzir as nossas próprias bases, decidimos inovar um pouco, escutávamos muito “Pavilhão 9”, “APC 16”, “Sypres Hill”, “Planet Hemp” e uma banda de Recife (Faces de Subúrbio) que faziam uma mistura de ritmos semelhante a que estamos imaginando. Então nos perguntamos, porque não seguir a mesma linha de música?
Começamos misturando toca disco, um pouco de percussão e violão, mais faltava alguma coisa... Baixo e bateria! Daí pra frente não mais nos víamos como grupo de Rap e sim como banda que como influência principal o rap e diversos outros ritmos, e essa mescla musical que estávamos propostos a defender. O Rap está em nossas veias e origens, como uma das peças fundamentais da Cultura Hip-Hop.
Blog HH AL - Quais as influencias da banda?
R: Cada integrante da banda tem suas influências musicais, acreditamos ser a essência para a construção da criatividade das músicas, dentre elas fluem o “Soul Music”, o “Reggae”, o “Rock”, o “Funk” de raiz, “MPB”, “Ska”, o próprio “RAP” e ritmos do tipo regional que exaltam a questão nordestina como o “Côco de Roda”, o “Repente”, a “Toada”, a “Embolada”, e o “Maracatu”.
Blog HH AL - Qual o lado positivo e o negativo de fazer rap com banda?
R: O lado negativo é que como somos uma banda precisamos de uma estrutura um pouco maior.
Já o lado positivo é a empolgação de ver todo mundo levando o mesmo acorde, na mesma linha de uma música que todos ajudaram a criar, desde a melodia ao improviso no palco, “quando uma baqueta ou uma corda da guitarra quebra, tem que dá um jeito de continuar a música, a instigação aumenta”. Além das diversas idéias que surgem no decorrer da construção.
Blog HH AL - o que LPC tem de diferencial para apresentar ao seu público?
R: Como o próprio nome diz são várias idéias em companhia, somos uma banda admiramos e temos como referência a cultura Hip Hop. Tentamos de alguma forma contribuir ao máximo pra mostrar algo novo no cenário musical Alagoano. Fazemos nossa parte pra enriquecer o conteúdo fonográfico que muitos vêem como competição. Queremos apenas mostrar que a cultura das ruas, o Hip-Hop pode ser também defendido com banda.
R: Ir pras finais do FEMUFAL foi uma grande vitória e oportunidade fundamental pra divulgação de trabalhos anônimos que muitos não sabiam, éramos apenas conhecidos por nossos amigos mais próximos. De fato, são essas oportunidades como esta do festival que incentivam os grupos a participarem, pois é uma nova oportunidade de divulgar seus trabalhos e a cultura Hip-Hop. Pena que o espaço para a divulgação ainda é difícil, mas acreditamos que unidos podemos difundir ainda mais. Clandestinos, assim como La Poli&Cia se destacaram muito porque apareceram novas propostas de apresentações e isso contribui para a construção de uma maior visibilidade desses gêneros musicais.
Blog HH AL - quais as principais barreiras que estao sendo quebradas por voces, ao longo da existencia da banda?
R: Uma das principais barreiras que estão sendo quebradas é a nossa musicalidade fazendo uma mescla de ritmos sonoros e trazer idéias que favorecem o crescimento do ser humano com o despertar para uma nova conscientização, o incentivo a prática skate e outros esportes, retratar a realidade e a cultura das ruas, dos marginalizados, excluídos, propor o combate ideológico e luta pela não alienação.
Blog HH AL - qual a analize feita por voces, sobre o Rap aqui em maceio? o que precisa melhorar, e como melhorar?
R: Está crescendo muito em relação aos últimos anos, hoje podemos ir a vários eventos nas comunidades vizinhas, nas escolas, praças, campeonatos de Skate e casas de show, tem Rap tocando até em carrinho de ambulante. Teve um tempo que não se falava muito esse termo, tinha uns grupos que raramente se apresentavam, porque não tinha espaço ou oportunidade, tempos em que “Rima Soul”, “Aliança de Rua” “Reflexão Nordeste”, “Apoclãn”, da “incógnita Rap”, que se apresentavam nas “festas Black”. Muita gente escuta Rap e desconhece a sua essência, escuta porque ta na moda, porque ouviu na casa de alguém, mas não param pra escutar a mensagem que a letra transmite. É preciso incentivar as pessoas prestarem atenção no conteúdo da música, pra que possamos fazer refletir essa juventude e tirar da ociosidade.
Blog HH AL - Qual a previsão de lançamento de um disco de vcs?
R: Inicio de agosto talvez lançaremos um compacto com CD e DVD da banda. Sem patrocínio fica ainda mais difícil, pois não temos grana suficiente pra alugar um estúdio de qualidade.
Blog HH AL - quais as ideias futuras do La Poli & Cia?
Estamos preparando uma festa de divulgação da banda pra poder angariar recursos pra produção do CD, esperamos que com a ajuda, nós e alguns aliados possamos organizar algumas atividades e arrecadar pra tal façanha.
Blog HH AL - Considerações Finais...
Devido aos altos e baixos momentos, La Poli&Cia nunca perdeu as esperanças e continua na luta por uma sociedade mais justa, onde não haja explorados nem exploradores, onde nossas crianças possam ir a escola e conhecer a nossa cultura, que o povo possa viver com dignidade.
Salve...
Um salve pra todos os nossos aliados, em especial pra A.S.U, FASK, JÚ-K e Diego Didiê lá do sul do País, Carlos Cacheta, Ronaldo, Marlon que nos mostrou o som do Wu Tang, Fernando Pianuts, Tremedeira, Os Compar$as, pros caras do Narração Funebre, pro pessoal de Recife, Mente engatilhada, Inquilinus, Aninha, Trow e Nego Cleber, Alan da cores e arte, pro Jorge Jinho, André Boy, Marina e seu irmão Marino, pro Roosevelt e o pessoal da UFAL, um salve pro Carlos Martins que acreditou na gente no FEMUFAL, Jota o Sagaz que ta na Espanha, Jane Mag, pra o pessoal do movimento estudantil da UFAL, Rafael K.Tenga, pro Marcelo e os caras da Confronto Rootz e todas as bandas de Reggae, Radameres, Pedro Ralado e todos os Skatistas, pras rimadoras Pil e Lade Rap, Poesia Musicada no Pandeiro, por Zazo que ta na correria desse blog, pra todos os grupos de Rap de Alagoas, Sulista, Bilica, Gabi, Tribus, Oficina 137, nossas Mães, nossas companheiras, nossas famílias, nossos irmãos, um salve pra todas as mulheres, enfim, pra todos aqueles que acreditam e contribuem de alguma forma pro crescimento do potencial cultural de Alagoas.
Um comentário:
Então
o blog HHAL ta de parabéns por mais uma grande entrevista
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