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sábado, 2 de novembro de 2013

Manifesto pela reativação da Posse Atitude Periférica


Posse Atitude Periférica, um histórico de resistência e luta!

   A Posse Atitude Periférica, é a primeira organização de hip-hop alagoana fundada em 1994 por iniciativa do Paulo 'DJP'. A PAP surgiu da necessidade de organizar o movimento hip-hop em Maceió, que naquele período estava disperso. Durante esses anos de atuação, a PAP desempenhou um importante papel no fortalecimento e expansão do hip-hop em Maceió e União dos Palmares realizando eventos de rua, festas black's/hip-hop, aulas de break, debates sobre a cultura hip-hop e temas sociais/políticos etc. Muitos jovens b.boys, grafiteiros, mc's e dj's tiveram uma educação do verdadeiro hip-hop e hoje são homens maduros que reconhecem o aprendizado da PAP como um guia para uma vida saudável longe de muitas coisas negativas impregnadas nas favelas becos e vielas. Em Maceió, a Posse reunia dezenas de jovens aos domingos para dançar break, cantar rap e fazer o trabalho de conscientização da juventude desviando muitos do caminho do crime e das drogas. Durante o período de atuação da PAP, estimamos que cerca de 2000 jovens passaram por nossas atividades.

Hip-Hop contrário às drogas

   O hip-hop que a PAP construiu é um hip-hop sem drogas, por entender que as drogas são injetadas na periferias pelo sistema que quer ver a destruição da juventude das periferias. Nas festas Black's realizadas pela PAP não era permitido o uso de bebidas alcoólicas, cigarro ou drogas ilegais, por isso nunca houve brigas, tiros, confusões em nenhum evento desse tipo. A PAP mantinha o lema 'Periferia sem vícios é periferia menos violenta', não por uma questão moral, mas por entender que as drogas são instrumentos de destruir e alienar a juventude.

Chegou a hora de reativar a Posse Atitude Periférica!

   Em outubro de 2011 a PAP foi temporariamente desativada quando o Paulo 'DJP' decidiu ir morar em São Paulo. Agora as condições para reativar a PAP já estão reunidas, nós que somos a mais recente geração do hip-hop alagoano, é quem vai dar continuidade ao legado da Posse. Nossa proposta é voltar a organizar o hip-hop nas ruas, realizando aulas nos bairros e nas escolas com os elementos do hip-hop, promover discussões políticas/sociais/culturais, participar das lutas sociais, e continuar construindo o hip-hop sem drogas organizando a juventude para lutar pelas suas reivindicações.
   Atualmente o hip-hop em Alagoas está desorganizado, desunido e disperso. Dessa forma a brecha está aberta para que pessoas oportunistas se aproximem da nossa cultura para se aproveitar de alguma forma favorecendo seus próprios interesses. O hip-hop precisa se organizar por sí mesmo, de forma independente para fortalecer a luta pelos interesses da juventude das periferias e por uma vida mais igualitária. O hip-hop somos nós, nossa força nossa voz!


Pessoas que apoiam/assinam esse manifesto: Paulo 'DJP' (PAP) | Zazo (PAP) | Zulu Fernando (MH2P) | Nego Love (MZS Crew) | Dj Afrojay | GOG | King Nino Brown (Fundador histórico do Hip-Hop no Brasil) | Ninho Lee (MZS Crew) | PH | Rasec (Open Mind Crew) | Bolin | Sérgio Santos | Everson Guff's | Chokito (União Quilombrothers Crew) | Wemerson (União Quilombrothers Crew) | Neguinho (Open Mind Crew) | Alyne Sakura (Império Feminino) | Pantera (MZS Crew) | Sulista (Posse Guerreiros Quilombolas) | Cacá (PGQ) | Laís Alves | Mano Van (PGQ) | Janaína (PGQ) | Andrey (Consciência Marginal) | Babu | Well | Kdoche | Durval | Moleza (CLB Crew) | Fantasma | Wallace Procópio (Hip-Hop Miguelense) |  Jerri Lii | Magaiver (MZS Crew) | Mano Laf (Juntos pelo Reino) | Malukinho | OT (U-mildmente) | Isabela (Estilo Feminino Crew) | Maria (Estilo Feminino Crew) | Fabrícia (Estilo Feminino Crew)

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